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quarta-feira, 7 de março de 2012

CONSELHOS DE VÓ


"Menino, não corra na chuva!"
Qual o corredor que nunca escutou esse tipo de conselho?
Qual o corredor que nunca escutou um famoso “conselho de vó”?

Na ACORJA, quando o sujeito coloca muitas restrições para correr, a turma da “tesoura” (by Emerson Barbosa) não perdoa, diz logo que o cidadão foi criado com avó.

Coitada da avó, o neto faz reconstrução muscular e ela paga o pato. O neto respeita o corpo e ela é zombada. O neto não come sal e açúcar refinado e ela é parodiada. Agora imaginem se ele enxugar a pizza? Coitada da avó...

Não quero fazer nenhuma crítica ao estilo “respeitoso” de ser, mas esse negócio de escutar o corpo só dificulta a vida da vovó. Dar motivos para as críticas. Entretanto, às vezes, a avó exagera: “Menino, ganhou o tênis e já vai correr? Assim vai estragar o sapato novinho!”

Poderia ser pior, não ter a avó para dar os conselhos...

Poderia ser pior ainda, ter uma avó especialista em corridas.

A avó poderia chegar ao extremo e dizer: “Sua pisada é neutra, menino, use um tênis apropriado. Esse aí é para pronadores." “Menino, chegou a hora de diminuir a intensidade dos treinos e aumentar o volume.” Aff!

Isso quer dizer que sua avó entende do “riscado” e aí você está definitivamente ferrado. Vai ter que seguir a cartilha (ou planilha) da vovó e aguentar a turma “lá de trás” da ACORJA  te “defendendo”, claro.

Todo mundo tira a maior onda com a pobre da vovó, mas, na hora H, todo mundo quer um conselhinho, discretamente:
Vovó, dói aqui, o que faço? Isso é grave?”
“Microlesão? O que é isso?”

A pobre da avó, criatura perturbada por todos, mas de coração grande e puro, apenas responde a todas as perguntas, pacientemente, não deixando ninguém na mão.

Bem, depois que todo mundo cresceu e descobriu que o sereno não é tão perigoso assim, o conselho mais importante que a avó poderia dar é:
“Menino, se for correr, use filtro solar!”

21 comentários:

  1. Delícia de texto. Lembrei de minha avó, que sempre ficava na frente da TV me procurando pelas corridas. Abração.

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    1. Ricardo,
      Isso é o que eu chamo de atenção. Vovó nota 10!
      Valeu!

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  2. Lindo!
    Não fui criada com vó, mas com tias que faziam o papel! Hoje em dia diante deste sol de rachar, as vovós que me desculpem mas queremos mesmo é uma boa chuvinha, kkkk!
    Abraços!

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    1. Simone,
      Imagino a quantidade e a diversidade de conselhos. Elas eram corredoras? "Menina, vá correr, faz bem para a saúde!
      Beijão!

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  3. Sensacional, Gilmar! A minha não corre e anda devagar aos quase noventa. Mas adora quando me vê chegar com medalha nova. Foi com ela, de certa maneira, que aprendi a gostar delas. Até não muito tempo atrás, ela sempre aumentava a coleção própria, praticante que foi de gateball, uma variação do cricket praticada pela colônia japonesa. A "veinha" é um barato!

    Abraços

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    1. Fábio,
      Avó atleta? Isso é um privilégio.
      Abração!

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  4. kkkkkkkkkk
    uma crônica da vida da gente! kkkkkkkkkk

    não tive o prazer de ouvir tais conselhos da boca de uma vó, mas minha sabe a cartilha toda decorada! kkkkkkkkkk
    e pra piorar, sempre que participo de uma prova, me pergunta se eu cheguei em primeiro lugar! kkkkkkkkkkkk

    texto gostoso demais de ler! faz a gente revirar nosso baú de lembranças;)

    bjs
    http://elismc.blogspot.com

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  5. ups, engoli a palavra "mãe", na frase "minha mãe sabe a cartilha decorada" rsssss

    bjs

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    1. Elis,
      A mãe costuma ser mais rigorosa que a avó, não é? Imagino tamanho da cartilha...
      Chegou em primeiro lugar? Isso deve ser muito bom de ouvir.
      Beijão!

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  6. também não ouço muito da minha vó, mas minha mãe he he. Ela não fala muito sobre as corridas, até assistiu minha chegada na Meia Maratona e me deu o maior apoio. Mas no fundo eu sei que ela pensa que é muita coisa, já deixou claro isso nas entrelinhas, e tem medo que eu tenha um piripaque he he. Ainda mais que ela tem um primo que morreu do coração na São Silvestre. Imagina no dia em que eu resolver correr uma ultra.
    Seu texto está bom demais!
    abraço,
    Sergio
    corredorfeliz.blogspot.com

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    1. Sérgio,
      Quanta emoção!
      Na realidade, fazer uma meia maratona é muita coisa, a gente é que ignora completamente a razão. Ainda bem que existe mãe como "agência reguladora". Juízo, menino!
      Grande abraço!

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  7. Hei Gigio....

    Avó eu tive até pouco tempo mas muito doentinha, faleceu aos 98 anos no ano passado e pela doença não acompanhou minhas façanhas nas corridas... Mas a minha MÃE.....hahahaha fica louca com minhas maratonas e quando fui prá ultra ela quase morreu de tanto orar... A pergunta é sempre a mesma...
    Chegou em qual posição??? ganhou trofeu??? ganhou dinheiro??? Tá cansada??? (imagina correr 75km e não ficar cansada rsrsrs)
    Mas hoje foi só uma medalha!!!.... aaa tá bom né filha, o importante é participar...kkkkkk

    adorei o texto e bem lembrado os conselhos das avós e das mamães.

    Bjks

    Meire/BH-MG

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    1. Meire,
      A sua mãe participa diretamente do processo quando demonstra preocupação, ela corre junto com você.
      A minha, que exagerava na dose, ia até a porta de casa dando os conselhos e as recomendações. Só parava de falar quando eu desaparecia no horizonte.
      Beijão!

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  8. Grande homenagem,meu Amigo:Gigi!!!LEmbranças da minha saudosa Vovó que com seus conselhos verdadeiros e sinceros me fizeram aprender algumas coisas que me servem até hoje!!Uma dessas coisas foi zelar pelas amizades que valem a pena!!A Acorja é uma grande família e vovó previu que seu neto faria parte de uma turma tao bacana como a nossa!!Vovó,com sua sabedoria extrema,ainda me disse:Netinho,mais vale 01 grama de exemplos do que 01 tonelada de conselhos!!Vejam vcs que sabedoria da Vovó!Abs:Paulo de Vó!!!!!

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    1. Paulo Sobral,
      O sobrenome "de Vó" já mostra toda a sua humildade e gentileza. Obrigado pela amizade e por prestigiar esse espaço!

      Ainda bem que na ACORJA os bons exemplos estão sobrando, fortalecendo ainda mais o nosso patrimônio imaterial, a amizade.
      Essa vovó... ainda vai dar muito o que falar!
      Grande abraço!

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  9. Gilmar, avós eu não tenho mais há um bom tempo, mas minha mãe até me acompaha de vez em quando nas provas e sempre comenta que chego muito abatido (tem certeza que e assim mesmo?), dia desses deu até entrevista na BandSports (Meu filho corre, taí no meio, hein? se vai ganhar? não sei, vamos ver né?) rsrrss, mãe é mãe. Abração e se for a BH nos veremos em 29/04.

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    1. Walter,
      Parabéns pela mamãe que acompanha a performance do filho corredor.
      Estarei aí em BH para a Maratona da Linha Verde.
      Valeu!

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  10. Oi Gigilmar,

    Qto tempo, né?! Oh saudades daquele domingo!!!

    Lendo o post lembrei das estórias e apelidos....rs. Falando nisso. O apelido de "Paulinho de Mamãe" pegou?

    Bjos,
    Dani
    correndoemagrecendo.blogspot.com

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    1. Dani,
      A saudade desse povo do Paraná é grande.
      "Paulinho de mamãe" pegou mais do que o hit de Michel Teló. Paulo Sampaio nunca mais será o mesmo depois daquele domingo lá em BH.
      O povo daqui adorou essa história.
      Beijão!

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  11. Hahaha! Que saudade de minha vó, mas esta historia nos faz lembra de uma pessoa muito especial na nossa família Acorjeana, o nosso ortopedista 0800 paulo Sobral. Valeu Gigi texto realmente inteligente e muito especial
    para uma pessoa que jamais será esquecida.
    Amo minha vovó!!! não é paulinho de vó ?
    Abraço
    LULA HOLANDA

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    1. Holanda,
      A nossa vovó inspirou essa história e agora está imortalizada. Ainda bem que ele existe!
      Abração!

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