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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ULTRAMARATONA 300 km – CAPÍTULO 4


Domingo, 27 de novembro de 2011 (Tarde)
Pâmela, a Rainha das Ladeiras, com os olhos mirando o horizonte, aguardava ansiosamente pela chegada de Almir. Esse trecho que Pâmela iria correr poderia ser reclassificado como dificílimo, pois existiam ladeiras quilométricas, um trecho com longas subidas e descidas, uma verdadeira pirambeira.
Pâmela - Rainha das Ladeiras (OS ULTRAS)

Almir recebendo o apoio de Lula e Pâmela partindo para mais 15km em um trecho cheio de quilométricas pirambeiras.


FOTO: Fred Barboza
Fred Barboza, o motorista da van, além de fotógrafo também mostrou-se apaixonado pela corrida. Encheu o cartão de memória da Nikon D50 e ainda fez alguns quilômetros nas ladeiras na companhia de Pâmela, descobrindo que também nasceu para correr. Ele também controlou a quilometragem e distribuiu água para os atletas. Fred Barboza foi motorista, navegador, fotógrafo e corredor. Além disso, é uma pessoa muito paciente e simpática. Lula, por essa você não esperava, não é? Nem nos sonhos mais otimistas. Vamos cooptar esse cara para a ACORJA?
Fred Barboza fotografando com a D50
Fred Barboza correndo nas ladeiras
Lula Holanda dirigiu a van para que Fred (motorista) pudesse descobrir que ele também nasceu para correr.



Inácio (RELÂMPAGO)
Déborah Feiden é uma respeitável atleta nas corridas de aventura. Observá-la na pista é uma verdadeira lição de como se deve encarar os muitos quilômetros. Nessa foto, ela tinha acabado de pegar a pulseira com Itamar (SÓCORRO ARMAZÉM). Durante a transição, Itamar foi protagonista  de uma cena inesquecível. Ele tinha acabado de vencer o pior trecho dessa competição e foi recebido (e surpreendido) por sua esposa, filha e neta. Ele chorou de alegria. Naquele instante, a minha garganta deu um nó. Fiquei me segurando para não chorar. Fiz questão de abraçá-lo. Tudo isso foi muito gratificante.
Levi, que é do Corpo de Bombeiros (PE), foi agraciado com uma das mais lindas paisagens. Passou pelo Mirante do Gunga e depois pela longa ponte em Barra de São Miguel. Juliana Job faria o penúltimo trecho e tinha a missão de entregar a pulseira a Lula em um local com grande fluxo de veículos, no município de Marechal Deodoro, a poucos quilômetros de Maceió.

Gilmar Farias fotografando os corredores em Barra de São Miguel (Alagoas) - FOTO: Fred Barboza


Levi (OS ULTRAS) se aproximando de Maceió (AL)
Ivson (RELÂMPAGO)
A chegada na Praia de Ponta Verde (Maceió/AL) foi uma verdadeira farra. Com a chegada da maioria das equipes, a festa foi ficando cada vez maior. Os corredores celebraram suas vitórias diante do desafio de correr 300km em dois dias, de vencer o calor e as dores.
Rafael (SÓCORRO ARMAZÉM) chegando à noite na Praia de Pajuçara (AL)
Confraternização das equipes na Praia de Ponta Verde (AL)

OS ULTRAS
PASSO NO FUTURO - 2º LUGAR GERAL

A equipe SÓ CANELAS/BSB PARQUE foi composta por (da esquerda para direta): Silvestre, Fernandes, Pedro, Samuel e Bomfim. Conversei um pouco com essa equipe na sexta-feira, na véspera da corrida. Atletas experientes e muito simpáticos, donos de uma energia contagiante. Amigos, desejo encontrá-los em 2012, na ultra 300 km Salvador x Aracaju. A participação de vocês foi muito importante. Um grande abraço!
SÓ CANELAS/BSB PARQUE - 3º LUGAR GERAL

Equipe campeã - CJAGUAR
Chegada da equipe DEVAGAR E SEMPRE
Os LOUCOS DO ASFALTO André Salgado, Flávio Maia, Luciana, Amanda Brito e Érico comemoraram muito o título de ultramaratonista. Amigos, aprendi muito com vocês em uma tarde. Não existe nada de "cavalo manco" nessa equipe, vocês têm parentesco com os quenianos!
A chegada de Fábio Barros da equipe BENERUNNERS na Praia de Ponta Verde  foi espetacular. Todos se emocionaram com a excelente participação desses pernambucanos que nem por um instante pensaram em desistir. Toda a equipe se abraçou e comemorou a vitória diante dos 300 km.
A chegada emocionante de Fábio Barros da equipe BENERUNNERS
A equipe BENERUNNERS foi um exemplo 
de união e simpatia



BENERUNNERS comemorando a vitória sobre os 300 km Aracaju x Maceió
A equipe NORCON superou as dificuldades e concluiu com raça os 300km da ultra. Diego, Parabéns. Eliseu, adorei  aquele papo lá na esquina de Piaçabuçu.
Um grande abraço e até Salvador x Aracaju 2012
Chegamos ao fim de mais uma ultra de 300 km da ACORJA. Agradecemos a participação das equipes e aguardamos todos os corredores para a realização da 4ª etapa do Desafio Correndo o Nordeste - 1.800 km: Ultramaratona de Revezamento de 300 km Salvador x Aracaju, nos dias 24 e 25 de novembro de 2012. Um fraterno abraço!
Gilmar Farias



FIM

Abaixo, seguem as impressões e emoções de diversos atletas que participaram dessa grande celebração de amor pelas corridas.

Amigos,
Gostaria de agradecer a Deus por nos permitir realizar com muita paz e segurança a Ultramaratona de Revezamento Aracaju (SE) x Maceió (AL) 300 km, terceira etapa do desafio Correndo o Nordeste. Agradecer aos amigos Gilmar Farias e Almir Daurte que partilharam diretamente da organização do evento e, de forma especial, a todos os líderes e atletas das 13 equipes que encararam este desafio. Muito obrigado!
Dias inesquecíveis e 300 km de pura emoção e integração entre atletas de diversas regiões do Brasil: Brasília (DF), Aracaju (SE), Maceió (AL), Recife e Jaboatão dos Guararapes (PE). Foram 65 gladiadores do asfalto que desfrutaram o lindo percurso onde foi realizado o evento: o litoral sergipano e alagoano de belas praias.
Como atleta e líder de uma das equipes (OS ULTRAS), posso confessar que não foi fácil encarar este desafio. Porém, as emoções que sentimos durante o percurso foram indescritíveis, onde corremos trechos difíceis, com muitas elevações, acostamento com buraco e caminhões de grande porte passando ao nosso lado (nos dando sustos), entre outras coisas. Mas, a sensação de estar correndo uma ultramaratona nos motiva. Eu fui o último atleta a completar a prova da minha equipe. O meu primeiro trecho de 15 km foi “pauleira”, sol forte e muitas e desgastantes ladeiras. Consegui completar com 01:15:38. Aí veio o segundo trecho com mais 15 km. Não foi fácil. Mas, com as belas paisagens e com a motivação da minha equipe (dando apoio a cada 03 km, oferecendo água, energético e frutas), conclui o percurso com 01:09:34 e fechamos o primeiro dia de prova com 12:31:59. Na excelente companhia de Almir, Levi, Pâmela, Juliana e do nosso motorista Fred Barboza, que se revelou fotógrafo e corredor, tudo ficou mais fácil.
No segundo dia, mais 150 km a serem vencidos.  Chegou a minha vez de correr novamente. Fiquei ansioso e comecei a me preparar psicologicamente. Larguei um pouco depois das 10 horas para o meu primeiro trecho do dia e o sol estava impiedoso. Dava para fritar ovos na pista. Consegui fechar com 01:13:01. À tarde, receberia a pulseira de Juliana Job e teria que completar os 300 km do nosso desafio. Uma grande responsabilidade. Fiquei muito ansioso, principalmente por conta do trânsito. Um tremendo engarrafamento se formou e a atleta Juliana Job estava sempre ultrapassando o carro de apoio. O meu coração acelerou. E agora? Juliana vai chegar primeiro do que o carro no ponto de transição. Eu deveria substituí-la e por isso uma grande tensão se estabeleceu. Mas, faltando um quilômetro, fui para a pista e comecei a correr na sua frente, o que já serviu de aquecimento. Ao passar a pulseira, Juliana gritou: “Vai lá, campeão!”. Consegui controlar as minhas emoções e parti para completar o último trecho da prova. A cada a cada quilômetro percorrido o coração batia mais forte. Não poderia falhar com a minha equipe. Ao chegar à Praia de Ponta Verde, a minha equipe já estava lá e me acompanhou nos últimos metros da prova. Sensacional, maravilhoso, ímpar e indescritível. Na linha de chegada, não consegui controlar as lágrimas. Consegui fechar este trecho com 01:27:10. Emocionante!
Aproveito a oportunidade para parabenizar todos os atletas que acreditaram neste sonho. Realizar sonhos é algo fantástico. Valeu, campeões! Vocês são verdadeiros gladiadores do asfalto. 
Amo vocês!!!
Lula Holanda (OS ULTRAS)

Amigos, 
Hoje, 29/11/2011, quero muito agradecer a organização da Ultramaratona Aracaju X Maceió 300 km (Lula, Almir e Gilmar) pela grande festa que nos proporcionaram no último final de semana. Contudo, quero enfatizar meus agradecimentos a minha equipe, LOUCOS DO ASFALTO, por tudo que ela me proporcionou com sua superação, determinação, raça, vontade, emoção e, principalmente, CORAGEM, aliada a um único objetivo: DE PARTICIPAR E CONCLUIR, PELA PRIMEIRA VEZ, UMA ULTRAMARATONA.
Esta extraordinária corrida nunca sairá da minha lembrança, nem tão pouco do meu livro de histórias que irei contar para meus filhos e netos. Foram tantos detalhes vividos, que as 72 horas que passamos juntos, pareceram vÁrias semanas. Imaginem: Uma Van de apoio com paradas, em média, de 2 em 2km para dar suporte a seu atleta. E a cada parada uma emoção diferente, um semblante diferente, uma ansiedade de saber o que o “corredor” precisava, se estava cansado, o que ele sentia.... “Tá bem?  Queres agua ou Gatorade?  Gel?  Vamos lá, falta pouco!!”  (Não sei porque estou escrevendo, porque são momentos  indescritíveis, mas tudo bem, vamos pra frente). Diante de toda essa “loucura do asfalto”, gostaria de associar, a corrida, algumas palavras/adjetivos a cada um da equipe. 
Amanda – Confiável, paciente, espirituosa, autoconfiante, vencedora;
Érico – Sacrifício, Filho, Dor, Força;
Flávio – Ousado, teimoso, extrovertido, rápido;
Luciana – Suprema, ágil, competitiva, incentivadora, impressionante. (“sentou a bota” como disse nosso amigo Gilmar). 
Parabéns a equipe LOUCOS DO ASFALTO!
André Salgado

Gilmar,
Para mim essa Ultramaratona, minha primeira, foi uma experiência catártica individualmente e de bem-aventurança coletiva!
Sinto que as sensações vivenciadas nesse desafio foram tão marcantes que, num processo de cicatrização, estão criando de forma indelével mais fluxo de vida e suas maravilhosas conseqüências.
Em virtude disso, fica evidente a importância desses lindos registros e relatos seus! Muito obrigado!
Além disso, não sei como retribuir a dedicação de Lula, Almir, sua e de quem contribuiu na organização. Agradeço novamente.
Por fim, a gratidão à minha equipe e todas as equipes que fizeram acontecer esse momento fantástico.
Abraços,
Marcos Gelinho (MAGNUM RUNNERS)

Aos amigos acorjianos,
Amigo e irmão Salgado, ao ler o seu relato posso dizer que me emocionei, passou um filme na minha cabeça, conseguiste retratar de forma brilhante a experiência do nosso intenso final de semana, fique sabendo que vocês ficarão para sempre na minha lembrança e no meu coração, me sinto muito honrado e feliz de ter feito parte da equipe Loucos do Asfalto. Muito obrigado a você, Amanda, Érico, Lulu e ao nosso motorista que também teve participação importante nessa nossa dura empreitada, jamais esquecerei da colaboração, participação e carinho de cada um de vocês, seja com palavras de incentivo, com a preocupação nos caminhões e carros, nas dores musculares e desconforto dos atletas, calor excessivo, hidratação, dor de barriga, alimentação, superação e também dando boas risadas. Mais uma vez meu muito obrigado e até a próxima ultramaratona meus gladiadores.
Um forte abraço a todos!
Flávio Maia Correia  (LOUCOS DO ASFALTO)

Gilmar,
como dito pelo lula no congresso técnico, quem participa desse evento, não quer mais deixar de participar. De fato, é uma experiência intensa, um misto de sofrimento, superação, solidariedade, que mexe muito com o psicológico de cada corredor e também daqueles que os auxiliam. Enfim, só mesmo correndo para sentir tal sensação.
Em nome da equipe "devagar e sempre", quero congratular a todos que participaram dessa grande festa e dizer que já estamos ansiosos para a próxima ultra em 2012!
Iuri (DEVAGAR E SEMPRE)

A equipe CJAGUAR parabenizar a todos que estiveram na maratona de revezamento, pois todos cumpriram seus papeis com bastante dedicação, sabemos como é difícil organizar um evento deste tamanho, portanto o mérito maior é da equipe que dedicou boa parte do seu tempo fazendo o possível e o impossível para que tudo saísse da melhor maneira.
Parabéns Lula, Gilmar e Almir.
Henrique

ULTRAMARATONA 300 km – CAPÍTULO 3



Domingo, 27 de novembro de 2011 (Manhã)
Depois da intensa disputa do primeiro dia de competição, constatamos que existia uma pequena diferença de tempo entre as equipes CJAGUAR, PASSOS NO FUTURO e SÓCANELAS/BSB PARQUE, líderes isolados da competição até o momento. Isso prometia fortes emoções para o segundo dia de prova, um duelo bastante equilibrado.
Acordamos para mais um dia de corrida e a largada seria na Zona Rural de Penedo (Alagoas), com mais 150 km que deveriam ser vencidos por esses fantásticos atletas. Homens e mulheres que vieram em busca de um sonho e que não queriam decepcionar.
Assim que foi dada a largada, em poucos minutos, os atletas já percorriam as ruas da linda cidade de Piaçabuçu (Alagoas). Peguei carona com algumas equipes até chegar à frente dos primeiros colocados para assistir um pouco da eletrizante disputa.


Enildo - Líder da Equipe RELÂMPAGO
Paulo Sampaio - Líder da equipe MAGNUM RUNNERS

Carro de apoio da equipe NORCON

Equipe PÉ NO CHÃO chegando em Piaçabuçu (AL)
FOTO: Fred Barboza




Maivan - Atleta da Equipe SÓCORRO ARMAZÉM




Wagner - SELVA ADVENTURE

Rafael - SÓCORRO ARMAZÉM
Samuel - SÓ CANELAS / BSB PARQUE
Equipe PÉ NO CHÃO


Café da manhã de Marcelo Victor - PÉ NO CHÃO
Fui até a cidade de Feliz Deserto (AL) e fiquei aguardando aqueles homens de outro planeta no posto de transição. Digo homens de outro planeta porque eles faziam o tempo todo um pace de 4min/km. Pareciam que estavam numa eterna disputa de 10 km. Tive o prazer de ver o amigo Henrique (CJAGUAR) chegar (inteiro) em Feliz Deserto em um ritmo de impressionar até Usain Bolt. Vi Edilson Bigode assumir a corrida para a equipe CJAGUAR e colocar um ritmo alucinante com o objetivo de diminuir a diferença, que era de quase dois minutos em relação a PASSO NO FUTURO, que estava muito bem e logo à frente. CJAGUAR era uma equipe muito equilibrada, com corredores experientes e acostumados a desafios de altas quilometragens e isso garantiu parte do espetáculo.


Henrique - CJAGUAR
CJAGUAR se aproximando de Feliz Deserto (AL)

CJAGUAR definindo estratégias
Edilson Bigode - CJAGUAR

Marcelo Victor - PÉ NO CHÃO
Déborah Feiden - SÓCORRO ARMAZÉM
Segui até o município de Miaí de Cima (AL) e fiquei na Estação do Gasoduto BR, próximo posto de transição, esperando as outras equipes que estavam logo atrás. Encontrei vários atletas que estavam doidos para correr novamente, tamanha vibração com a prova. Aí começa uma parte da minha história nessa ultra que poucos ficaram sabendo. Eu também corri.

Vamos retornar para janeiro de 2011, quando estava acompanhando os treinos preparatórios da ACORJA para aqueles que estavam escritos para os 89km da COMRADES MARATHON (África do Sul). Paulatinamente, comecei a sentir dores no baixo frente, nos músculos adutores e na região perianal. Era uma lesão grave que vinha se instalado. Uma pubalgia que me impossibilitou de correr por um bom tempo. O tratamento foi demorado. Depois de seis meses sem correr, passei a trotar 15 minutos duas vezes por semana. Chorei de emoção com essa conquista. Em agosto, iniciava uma nova fase no tratamento: a musculação. Ajudou pra caramba! Devo grande parte dessa recuperação ao amigo, corredor e médico Paulo Sobral, que além de indicar os tratamentos, tinha comigo uma atenção especial. Semanalmente me telefonava para saber notícias do seu paciente mais rebelde. Paulo, muito obrigado por tudo! A dívida é grande. Em outubro, já estava curado e correndo poucos quilômetros com a ACORJA, mas inseguro e sempre me poupando.

Mas vamos voltar à ultra 300 km. Lá no Gasoduto BR, encontrei os amigos da equipe SÓCORRO ARMAZÉM. Rafael, que é aquele cara que aparece na abertura desse blog, no pôster de divulgação da Ultra 300 km Salvado x Aracaju 2012, chegou por lá em ritmo acelerado. Ela já tinha corrido logo cedo e estava na “pilha” para continuar a prova. Mesmo de sandálias, Rafael ficava de um lado para o outro gritando: “eu quero correr, estou doido para correr mais!”.  Aquela cena, além de engraçada, remeteu-me a Ultra 300 km Natal x Recife (2010), quando participei da EQUIPICANHA e fiz algo parecido em um dos postos de hidratação. A partir daquele momento, em minha cabeça, o desejo de correr ficava cada vez mais forte. Comentei isso com Lula e ele aprovou de imediato a possibilidade de correr ao seu lado. Almir me emprestou um calção, Lula um tênis e Pâmela a vaselina. Juliana, que estava correndo, não sabia dos planos, mas, juntamente com Levi, organizaram um plano para dar assistência aos dois atletas. A partir da cidade de Coruripe, comecei a correr com Lula em um ritmo alucinante, ganhando velocidade nas descidas e ignorando as subidas. Meu Deus, como foi bom sentir novamente o vento no rosto e desafiar os limites do corpo com segurança. Ao lado de Lula, completei 10 km em 49 minutos. Depois, corri 2 km com Almir e mais 3 km com Juliana, completando 15 km. Esse foi o melhor presente que esta competição poderia me dar: o sentimento de segurança ao correr
Rafael, obrigado pela inspiração!
Equipe OS ULTRAS, obrigado por tudo isso! 
Rafael (SÓCORRO ARMAZÉM)

Déborah Feiden - SÓCORRO ARMAZÉM
Juliana Job - OS ULTRAS

Lula Holanda e Gilmar correndo pelas ruas de Coruripe (AL)
Trevo das Palmeiras
Depois de me recuperar da forte emoção de correr, fui novamente acompanhar as equipes disputando as posições a cada quilômetro. No Trevo das Palmeiras, os atletas já faziam a maior festa. Lula, antes de entregar a pulseira para Almir, homenageou Tânia, sua esposa, e os quatro filhos. Almir saiu correndo com os “pés nas costas”. Almir está em sua melhor fase e lembrou muito do ano passado (Natal x Recife 300 km), quando se machucou no último trecho da competição e a equipe teve que arcar com esse ônus. Almir Duarte superou essa frustração quando terminou o seu último trecho em tempo recorde e disse com a voz mansa: “Eu devia isso a minha equipe”.
Lula homenageando a esposa e os filhos

Almir Duarte (OS ULTRAS) teve uma ajuda que nenhum outro atleta teve. Uma torcida organizada gritando o nome dele. Em Jequiá da Praia, Lula descobriu uma família de sobrenome Duarte que estava reunida na frente de casa, e disse que em instantes iria passar um primo da família correndo por ali.
Quando Almir surgiu na estrada, todos começaram a gritar o seu nome: “Almir, Almir, Almir!”. Ele tomou um susto, mas carregou as baterias e seguiu para enfrentar os quilômetros finais de asfalto quente do município de Jequiá da Praia (AL).



Almir, Almir, Almir...





No início da tarde, Pâmela, a Rainha das Ladeiras, com os olhos mirando o horizonte, aguardava ansiosamente a chegada de Almir para realizar o revezamento e correr o seu trecho.