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fotográficos e comentários sobre corridas de rua.



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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A HISTÓRIA DE UM CORREDOR DE RUA

Em 1984, quando completei 14 anos, lembro que tinha aquele corpanzil típico dessa idade, nada espadaúdo. Morava em uma cidade do interior de Pernambuco, Surubim, que oferecia, na época, poucas opções de esportes. Na escola, durante as aulas de Educação Física, praticava alguns esportes, mas não me destacava em nada. Sempre percebi que tinha muito fôlego durante as partidas de futebol, embora não apresentasse nenhuma intimidade com a bola. Quando mandavam a bola para o campo adversário ninguém me segurava. Corria velozmente e dava um chutão que, às vezes, acertava o caminho do gol. Certo dia, o amigo Ronaldo, que estudava na mesma turma da escola, fez um convite para realizarmos uma corrida de seis quilômetros, já que ele buscava melhorar o seu condicionamento físico para os campeonatos de futebol. Naquele dia, experimentei uma das melhores sensações de minha vida - correr.

No interior, há 26 anos, qualquer pessoa que se atrevesse a fazer algo diferente seria chamado de doido. Correr na cidade ou na zona rural, pelas pistas, por estradas de barro, pelas fazendas e sítios chamava a atenção das pessoas, o que me enquadrava naquela categoria de pessoa desprovida de juízo. Com o tempo, muitos colegas deixaram a vergonha de lado e passaram a correr comigo, mas logo desistiam.

Nos Estados Unidos, Jim Fixx, um ex-fumante com sobrepeso, começou a correr em 1967, aos 35 anos, e descobriu os benefícios dessa atividade física. Em 1977, ele relatou toda a sua experiência no livro Guia Completo de Corrida (FIGURA 1), inspirando milhões de pessoas a correr. Isso incluía um matuto de Surubim que já gostava de ler e de correr. Aquela leitura ajudou a manter a minha auto-estima em níveis elevados, sabendo que não era o único maluco no mundo que gostava de correr.

FIGURA 1 - Capa do livro Guia Completo de Corrida de Jim Fixx, publicado em 1977.

Naquele tempo, a Corrida de São Silvestre já era transmitida ao vivo pela televisão, e eu ficava admirando aqueles atletas e sonhando em participar de uma corrida de pedestrianismo. Descobri que no Recife existiam algumas corridas de rua e, de 1985 a 1989, participei de muitas provas, principalmente da extinta Corrida da Fogueira, organizada pelo Clube Náutico Capibaribe (FIGURA 2). Também tenho boas lembranças da Corrida Guararapes de Pedestrianismo, promovida até hoje pela Polícia Militar de Pernambuco (FIGURA 3). Naquela época, as corridas distribuíam diplomas de participação. As medalhas eram apenas para os vencedores.


FIGURA 2 - Diploma de participação na 51ª Corrida da Fogueira, organizada pelo Clube Náutico Capibaribe, em 1987.

FIGURA 3 - Registro fotográfico de minha participação na XI Prova Guararpes de Pedestrianismo, organizada pela Polícia Militar de Pernambuco, em 1988.  Ao lado, meu Tio Edvaldo dando apoio e conferindo o tempo de prova.
Depois, a corrida de rua passou a fazer parte do cotidiano em muitas cidades do interior, principalmente em data cívicas, o que transformou paulatinamente essa atividade em algo comum, reconhecida como esporte. Aqueles que corriam já eram chamados de atletas e não de doidos. Ainda assim, o meu pai, que foi fuzileiro naval e ex-combatente da segunda guerra, já aposentado, indagava-me constantemente porque eu corria tanto e comia toda a feira da casa em poucos dias. “O que você vai ganhar com isso?”, perguntava-me ele sempre que eu chegava da corrida e fazia um “lanchinho”. Nessa época, a rotina era correr dez quilômetros de madrugada e mais dez no final da tarde, tudo isso antes e depois do trabalho de manutenção de aparelhos de ar condicionado. Era completamente viciado em correr. Conseguia correr, trabalhar e estudar à noite, já pensando em fazer vestibular para Biologia.

Em 1989, passei no vestibular e fui estudar na UPE, no município de Nazaré da Mata (a 80km de Surubim), sonhando que a Biologia era o melhor curso do mundo. Foi bom acreditar nisso, pois ainda penso assim! Para estudar, tinha que viajar duas horas para chegar à universidade. Diariamente dormia sempre depois da meia-noite e isso afetou a minha rotina de treinos.

Do interior para a capital
Em 1991, transferi o meu curso para a UFRPE, em Recife, e fui morar na casa do meu Tio Luciano, que também era militar e ex-combatente. Às vezes, quando eu chegava da universidade por volta das 21 horas, antes de jantar, ainda tinha disposição para calçar o tênis e dar umas dez voltas na pracinha do Engenho do Meio. O meu tio ficava admirado, mas incentivava e aprovava a minha disposição. No final de semana, corria no campus da UFPE, que ficava pertinho lá de casa. Quem diria que alguns anos depois ali seria o meu lugar de trabalho?

Já formado Biólogo e trabalhando como professor em uma escola no bairro da UR7 (em Camaragibe) fui morar em Jardim Petrópolis, próximo à Mata de São João da Várzea e a dois quilômetros da Oficina Brennand. Aquela estrada de terra cortando a mata me convidava o tempo todo para correr. Lembro que assim que ganhei o meu primeiro salário fui comprar um tênis Nike para correr. Quase que diariamente passava por ali, sempre correndo e escutando as aves da Mata Atlântica. Seria um presságio? Isso era o ano de 1997.

Em 1999, casei com Ana Carolina e fui morar no bairro da Iputinga. Saia sempre para correr na Pracinha do Bom Pastor, próximo à Colônia Penal Feminina, disputando espaço com crianças e cachorros. Alguns anos depois, a Prefeitura da Cidade do Recife urbanizou o Canal do Cavouco e organizou uma pista de corrida com aproximadamente dois quilômetros. Mas, nessa época já não corria tanto assim, a instabilidade no emprego, o Mestrado e a chegada de Laura elegeram outras prioridades em minha vida. A corrida existia no meu cotidiano como algo completamente irregular.

Em 2006, ano em que eu viria a ser professor da UFPE, tinha muitas dificuldades para completar 30 minutos de corrida. Nos jornais, via as propagandas das corridas de rua e sempre sonhava em um dia voltar a fazer dez quilômetros. Existia um sentimento de frustração... Não queria fazer 10 quilômetros em 35 minutos, mas apenas concluir o percurso bem. Isso parecia impossível, pois já estava com quase 40 anos.

Quando foi anunciada a Meia Maratona do Circuito SESI Brasil em Recife, em outubro de 2009, pensei em participar, mas aquela cobrança natural de quem já competiu fazia-me envergonhar de uma possível desistência no meio do caminho. Foi aí que recebi a ligação do amigo Jamildo Melo, jornalista e blogueiro do Jornal do Commercio (Blog de Jamildo), convidando-me para participar da equipe de revezamento dos jornalistas para a Meia Maratona. Aceitei prontamente. Para encurtar a história, ficamos em primeiro lugar (FIGURA 4). Para mim foi espetacular, voltar a competir, ter a emoção de cruzar a linha de chegada e ficar em primeiro lugar. Depois dessa experiência, já esperava ansiosamente pelas próximas corridas de rua.

FIGURA 4 - Blog de Jamildo anunciando a vitória da equipe dos jornalistas na prova de revezamento da Meia Maratona Sesi, em outubro de 2009, em Recife/PE.
Ainda em 2009, depois de dez anos juntando dinheiro, finalmente compramos o nosso apartamento nos Aflitos, próximo da escola de Laura e também do Parque da Jaqueira. Nessa época, Carolina estava de licença para o doutorado e eu só trabalhava a partir das 14 horas. Assim, não havia desculpas: todo dia, depois de deixar Laura na escola, íamos para a o Parque da Jaqueira para caminhar e correr.

Via aqueles corredores dando muitas voltas sem cansar, em um ritmo de fazer inveja. Comecei como todo mundo, correndo devagarzinho e comemorando cada volta a mais ou então os muitos recordes batidos nos cinco quilômetros. Estando ali, inevitavelmente chegaria a ACORJA.

O porteiro do prédio onde resido, que também é corredor, uma vez me perguntou se eu conhecia Lula Holanda e por que eu não entrava para a ACORJA. “ACORJA? Que é isso?
Perguntei ao oráculo Google e, de cara, fui parar no blog do (Ultra)Maratonista Pernambucano Júlio Cordeiro. Lembro que li todos aqueles relatos e fiquei sonhando em poder participar daquele grupo, de realizar corridas em lugares lindos e ganhar medalhas. Vi em um dos posts do Júlio o e-mail de Lula Holanda, o presidente da ACORJA, e não hesitei em fazer contato. Fui prontamente informado e convidado para o próximo treino. Vejam abaixo:

Gilmar / Ricardo,
Segue abaixo a programação.
Nos veremos na quinta-feira as 05:20h, na Jaqueira.
LULA HOLANDA

Lula,
Obrigado pelo simpático contato e programação da Acorja. Espero ter fôlego para acompanhar o grupo. Confirmo a minha participação na próxima quinta-feira.
Grande abraço!
Gilmar

Valeu campeão!!!
Estamos te aguardando.
Abraço,
LULA HOLANDA

Quinta-feira, 10 de junho de 2010, entrei para a ACORJA e, junto com Ricardo Galinho, fomos acolhidos de forma magnífica por todos, que rapidamente nos ensinaram a ter disciplina e a treinar com regularidade para se atingir as metas estabelecidas.

Em pouco tempo, eu já estava fazendo longões de 25 quilômetros e correndo meias maratonas, como a do Recife, com o excepcional tempo de 1:40. Hoje, durante os treinos semanais da ACORJA, convivo com corredores felizes, de diversas profissões e de classes sociais diferentes, que fortaleceram o meu conceito de equipe e me fizeram acreditar que eu poderia participar de uma maratona, o sonho de todo corredor. Estou quase lá!

Registro de minha participação no longão de 30 km na Serra das Russas, Pombos/Gravatá, Pernambuco, em agosto de 2010. (FOTO: Paulo Sobral)

Amigos da ACORJA, se hoje eu corro mais e sou mais feliz devo isso a vocês. Obrigado!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

NOVA INTEGRANTE DA ACORJA: Nikon D90

Não é nenhuma novidade a minha paixão por fotografias, principalmente aquelas das aves e dos corredores de rua da ACORJA. Toda pessoa que gosta de fotografia sempre sonha em dar um upgrade no equipamento, e eu não sou diferente. Sempre tive a idéia fixa de adquirir uma NIKON D90...

Sonho realizado! Comprei a nova câmera esta semana e ela já chegou. Essa máquina fotográfica vem equipada com uma lente 18-105 mm, mas na realidade ela funciona como uma 27-157 mm, já que o fator de corte dela é de 1,5. O ISO máximo é de 3.200, possibilitando aumentar a velocidade de obturação até 1 segundo/4000 e congelar as imagens dos atletas durante as corridas. Assim, com esse desempenho, considerem a D90 como a mais nova integrante da ACORJA. Veja a foto abaixo, não é linda?


Já estou imaginando a quantidade e a qualidade de fotos dos amigos corredores que eu vou fazer. Assim, vou aproveitar esse post para apresentar a minha experiência como fotógrafo amador de corridas de rua e oferecer detalhes que poderão auxiliar os maratonistas que gostam de registrar as paisagens durante as provas ou treinos.

Para fotografar as corridas você pode utilizar qualquer tipo de câmera digital. As compactas são interessantes porque fica fácil transportá-las durante os treinos ou provas. Mas, se você é um fotógrafo exigente, ela tem uma grande desvantagem: não congela a imagem do corredor e tem um atraso no obturador. Às vezes, quando a câmera é disparada, o corredor já passou pelo fotograma e você perdeu a chance de registrá-lo. Também a imagem pode sair borrada, principalmente se as condições de luz forem precárias. Mas, com criatividade e paciência, é possível registrar toda a corrida e ter boas imagens para compartilhar. Vejam a minha experiência na Meia Maratona do Rio de Janeiro 2010 com uma câmera compacta.

Para transportar a câmera durante a corrida, sugiro aos amigos corredores/fotógrafos comprar uma pochete Personal Belt, da Skyhill (http://www.skyhill.com.br/), que é toda confeccionada em neoprene, muito confortável e utiliza velcro, facilitando o acesso ao seu compartimento principal. Garanto, ela não incomoda e nem sacode, fica perfeitamente ajustada à cintura.

É bom levar a câmera dentro de um saquinho plástico para protegê-la do suor, da chuva ou da água que sempre despejamos na cabeça para aliviar o calor. Aconselho também a aquisição de um minitripé de pernas flexíveis, que é muito conveniente para quem vai correr sozinho e quer aparecer nas fotos.

Pochete Personal Belt, da skyhill, câmera fotográfica compacta, saquinho plástico e minitripé.

Câmera compacta Sony DSC W320 com disparo automático montada em um minitripé de pernas flexíveis, a composição ideal para o corredor solitário.
  
Mas lembre-se, a máquina deve ter um temporizador e disparar sozinha. Sugiro programar a câmera para fotografar automaticamente em dez segundos. Atenção! Se a máquina tiver aquele modo de disparo contínuo, ao programar a máquina para fotografar automaticamente, ela fará uma série de cinco fotos, permitindo que posteriormente você escolha a melhor. Pelo menos é assim que funcionam as compactas da marca Sony.  Atualmente, utilizo uma câmera compacta Sony DSC W320 e tenho obtido resultados satisfatórios. Veja a minha primeira experiência com a W320 registrando o longão do Sítio do Pica-pau-amarelo, em agosto de 2010.

Já as câmeras do tipo SLR (Single Lens Reflex), muitas vezes chamadas de profissionais, oferecem dezenas de recursos (é o caso da D90), porém são grandes e pesadas para se levar durante uma corrida. Essas câmeras permitem a troca de lentes, velocidades altíssimas e não tem atraso de obturação. Também permitem utilizar um flash dedicado, garantindo a perfeita iluminação do atleta, mesmo que ele esteja na contraluz (flash de preenchimento). Outra vantagem é poder utilizar teleobjetivas com zoom, permitindo enquadrar o corredor de forma mais fácil. Sugiro comprar uma 70-300 mm. Também é possível utilizar aberturas maiores do diafragma e desfocar a paisagem em segundo plano, destacando ainda mais a imagem do corredor.

A experiência em fotografar as aves me ajudou a melhorar a técnica para congelar os corredores em seus rápidos movimentos. Assim, uma câmera SLR permite maiores sensibilidades, como ISO 800, 1600 ou maior, permitindo fotografar com velocidades acima de 1 segundo divido por 1000 (1/1000). É importante também adquirir câmeras que permitam altas velocidades associadas à utilização do flash. Geralmente, as câmeras do tipo SLR tem sincronia automática do flash de 1/125, o que é considerado lento para fotografias de corridas. Excepcionalmente, a D50 (minha antiga câmera) tem velocidade de sincronia 1/500, o que possibilitou fazer aquelas imagens durante a madrugada na Maratona Circuito das Praias Sul, organizada pela ACORJA no início de outubro. As câmeras mais avançadas possuem o modo de sincronia rápida com o flash.

Fotografia dos corredores da ACORJA na Ponte Princesa Isabel, Bairro de São José, Recife. Aqui foi utilizado um Flash SB 600 da Nikon, iluminando os atletas e congelando a imagem.

Estudando sobre composição de fotos, algumas leituras me fizeram pensar que é interessante também agregar outros valores as fotos, registrando não somente o corredor, mas também as paisagens, os monumentos, obras de arte e outros pormenores que remetem a corrida, como o detalhe do cadarço sendo amarrado, da medalha de participação, do chip e das expressões de sofrimento e/ou alegria dos corredores. Abaixo, vejam alguns exemplos.


Gilmar correndo ao lado das muralhas de Nova Jerusalém, Brejo da Madre de Deus, PE.

Evandro Alemão e Tom correndo pela estrada de São João da Várzea (Recife/PE). No detalhe, uma escultura assinada pelo artista plástico Francisco Brennand. Reparem que os corredores estão desfocados, valorizando a obra de arte.

Detalhe do chip amarrado pelo cadarço.

Detalhe do solado desgastado do tênis, induzindo a idéia de que ele já correu centenas de quilômetros.

Emerson tomando água na Maratona Circuito das Praias Sul (outubro de 2010). Veja que a imagem da água ficou congelada graças a alta velocidade de abertura do diafragma da câmera. Veja a expressão de alívio de Emerson. Adorei esta foto!

Juliana Job passando pela fronteira dos municípios de Pombos e Gravatá (Pernambuco). Vejam que tanto a placa como a corredora de saia chamam atenção, pois elas ocupam no fotograma uma das zonas de intersecção indicada pela regra dos terços.

Ninguém duvida que Lula estava de fato feliz após correr 30 quilômetros na Serra das Russas (PE).

Em segundo plano é possível observar o Parque das Esculturas, no Marco Zero do Recife, agregando valor a fotografia do corredor.

Expressão de concentração de Almir durante o longão da Ponte do Paiva (PE).

Espero que as dicas aqui apresentadas sirvam para aqueles que pretendem correr e fotografar ao mesmo tempo. Boa Sorte!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

ACORJA NA MARATONA DO SOL POENTE 2010 - CAUCAIA (CE)


Por Juliana Job

"Uma celebração a vida, a saúde, a amizade!"

É com essa definição da Maratona do Sol Poente, dada pelo meu amigão Juazeirense, e um pouco (como é mesmo que se chama quem é de Caucaia?!!!)...William, que quero começar...

A Maratona foi isso, uma celebração...

A ACORJA fez bonito, celebrou a amizade, festejou a vida, vida que toma fôlego e vigor a cada dia com Paulinho, que nos dá ânimo para percorrer mais de 1000 km (de carro!) em menos de quatro dias, nos acabar de sofrer pra completar uma corrida tão difícil e ainda assim, voltarmos com uma sensação indescritível de prazer e dever cumprido, que todo mundo sabe como é!

Lá estávamos, bravos acorjianos (Lula, Flávio Maia, Flávio Lemos, Omelete, Enildo, Pamela, Ésio, eu e Veridiano) esperando a largada na belíssima Cumbuco (sem puxar a sardinha pro meu lado). Por mais que eu houvesse tentado abstrair, inevitavelmente, Paulo veio a minha cabeça, como tudo aquilo é a cara dele! Fizemos todos uma corrente positiva e prometi a mim mesma correr por ele, pensar nele, mandar um monte de energia positiva.

Largamos com o sol “esfriando”, um visual lindo de final de tarde, apesar do cansaço me sentia bem, mas a barriga começou a me lembrar todas as extravagâncias do dia anterior e do almoço (castanhas, empadas, sanduíche, baião-de-dois, peixe, frango...). Uma vez no banheiro... a outra no mato mesmo, e lá se foi meu número de peito, sabem bem pra quê?! Como se não bastasse uma náusea a partir do km21, me fez pensar em desistir... Os 42, 195 km de Caucaia tornaram-se para mim várias corridas de 1 km a serem vencidas, uma por vez... Parar p... nenhuma!

Cada Maratona é uma história em si. Amei sentir dor de barriga, náusea, fraqueza, vontade de parar, porque a Maratona do Sol Poente me ensinou mais uma vez que a mente comanda, é sempre mais forte, me fez revigorar a paixão pela superação, passo a passo, quilômetro a quilômetro, até o fim, queixo erguido e passinhos de bebê, simplesmente pela glória de cruzar a linha de chegada, agradecer a Nossa Senhora por mais uma batalha vencida e gritar: Puta que o pariu, que negócio difícil!

Paulinho,"meu gordim", essa é pra você! Raça, força, coragem, meu irmão!

Paulo Picanha
P.S. Só pra constar, o primeiríssimo lugar é lá do Juazeiro!


Comentado por Lula Holanda

Valeu, campeã!!!
Parabéns pela sua determinação e coragem, o resultado é o 3º lugar na faixa etária. Pâmela, a nossa Rainha das Ladeiras, deixou escrito o 1º lugar na faixa etária - A NOSSA DUPLA ARRASADORA!

O Galinho (Ricardo) estava com a gente.

Quero aproveitar a oportunidade e agradecer ao nosso Deus por nos permitir esta bela viagem a Fortaleza e concluir mais uma maratona em nossas vidas. Quero deixar nossos agradecimentos especiais de todo coração a família JOB, que nos recebeu com muito carinho e amor. Obrigado Janina e esposa, vocês são 10.

VALEU, CAMPEÕES !!!! VOCÊS SÃO VERDADEIROS GLADIADORES. PARABÉNS!!!
PÂMELA MOURA - 03:46:25 (1º lugar na faixa etária)
RICARDO GALINHO  - 04:02:07

LULA HOLANDA - 04:02:52

JULIANA JOB - 04:05:25 (3º lugar na faixa etária)
ALMIR DUARTE - 04:19:44

ENILDO - 04:56:46

FLÁVIO LEMOS - 05:03:08

FLÁVIO MAIA - 05:04:51
ÉSIO CURSINO


domingo, 17 de outubro de 2010

VIII CORRIDA DO FOGO - 2010


Medalha da VII Corrida do Fogo - SESI - 2010 (Recife / Pernambuco)
 A Corrida do Fogo 2010 foi realizada hoje, dia 17 de outubro. A partida foi dada pontualmente às 8 horas da manhã em frente ao Quartel do Corpo de Bombeiros de Pernambuco, na Avenida João de Barros. A prova teve um percurso de dez quilômetros, com a opção de cinco quilômetros corrida ou caminhada.
Encontrei por lá Isabela, amiga da ACORJA, Leandro Flinker (amigo e professor da UFPE/Nutrição), Evandro Alemão, Cláudio Homem, Henrique e Bagetti, amigos viciados em corridas. Também encontrei um corredor de codinome “Chefe”, do município de Orobó, e que acompanha esse blog. Procurei as Irmãs Cordeiros antes da largada e não obtive êxito na missão.
Bastante água gelada, batedores, polícia de trânsito, agentes da CTTU e um percurso lindo com indicação dos quilômetros marcaram a boa organização da prova. O Corpo de Bombeiros colocou na Avenida Mário Melo um caminhão pipa e uma super-mangueira para refrescar os corredores que já tinham passado dos sete quilômetros de prova. Essa foi uma excelente ideia, pois o céu estava azul e a temperatura elevada.
Terminei a prova muito cansado e com o tempo de 47 minutos. Agora que estou experimentando corridas de 30 quilômetros parece que essas de menor quilometragem têm perdido a graça. Na linha de chegada recebemos medalha, chapéu, água, maçã, barra de cereal, isotônico e massagem (para aqueles que desejassem).
Parabéns ao Corpo de Bombeiros de Pernambuco e a Fitfam pela organização da prova. Ainda assim, gostaria de fazer algumas observações de cunho construtivo que poderão contribuir para as futuras edições dessa corrida.
Hoje, fiquei muito decepcionado com a atitude de muitos motoristas de carros e ônibus que invadiram a faixa destinada aos atletas. Muitos corredores foram obrigados a subir as calçadas mal conservadas daquele bairro, principalmente nos cruzamentos da Avenida Mário Melo e, depois, na Avenida João de Barros. Alguns motoristas insultaram de forma exagerada os atletas e agentes de trânsito por conta dos congestionamentos. Posso afirmar que o último quilômetro oferecia risco à integridade física dos atletas. Talvez a utilização de cones isolando a faixa dos atletas fosse uma boa alternativa para as próximas corridas. Para um país que vai sediar a próxima Copa do Mundo e também os Jogos Olímpicos, existe a necessidade de mais investimentos na educação para o trânsito, além de mais tolerância por parte dos motoristas do Recife.
Aqui, o amigo Evandro Alemão fez o registro de minha passagem pelo Cais do Apolo durante a VIII Corrida do Fogo (imagem retirada do blog: http://www.maratonistaalemao.blogspot.com/)



sábado, 16 de outubro de 2010

MEIA DÚZIA DE QUATRO CORREDORES NO LONGÃO DE SÁBADO DA ACORJA

Hoje a ACORJA realizou uma corrida com poucos atletas. É que nesse fim de samana tem acorjianos no Canadá, na Maratona de Toronto (Júlio, Jackeline e Marinês), e no Ceará, na Maratona do Sol Poente (Lula, Ricardo, Juliana, Pâmela, Flávio Maia e Flávio Lemos). Como não poderia ser diferente, aqueles que ficaram assumiram a responsabilidade de realizar o longão de sábado. O percurso foi Parque da Jaqueira  x Oficina Brennand x Parque da Jaqueira (25 km), um dos nossos destinos preferidos. Hoje, participei de forma indireta do longão. Fiquei com a missão de dirigir carro de apoio e de fotografar os amigos corredores. Abaixo, uma histórica foto: o longão de sábado com menor número de atletas. 
Atlestas que participaram do Longão de sábado da ACORJA: Paulinho, Tom, Evandro Alemão e Paes.

Paes chegando ao bairro de Apipucos (Recife/PE)
Paulinho cruzando a Avenida 17 de Agosto, em frente ao Açude de Apipucos (Recife/PE)

Evandro Alemão

Paes avisando que pegaria água no próximo ponto de apoio.
O rapaz estava apressado, deixou o grupo para trás em uma
performance invejável.


Tom

Evandro Alemão chegando ao bairro de Dois Irmãos (Recife/PE)
Tom passando em frente ao Hospital Veterinário da UFRPE,
no Bairro de Dois Irmãos (Recife/PE)



Tom em ritmo forte passando pelo bairro de Jardim Petrópolis (Recife/PE)

Tom e Evandro cruzando a Mata de São João da Várzea (Recife/PE)


Tom e Alemão chegando na Oficinna Brennand (Recife/PE)


Paes trotando na grama em frente ao Painel do Apóstolos, obra de arte de Francisco Brennand. 




O retorno ao Parque da Jaqueira começou deixando para trás a Oficinna Brennand. Reparem no detalhe da assinatura do artista Francisco Brennand em sua obra de arte .




Tom e Evandro passando pelo campus da UFRPE (Dois Irmãos/Recife/PE)


Paulinho, Tom, Evandro Alemão e Paes, os atletas da ACORJA que não desanimaram com o quórum reduzido e realizaram o longão de sábado de 25 km.