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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A HISTÓRIA DE UM CORREDOR DE RUA

Em 1984, quando completei 14 anos, lembro que tinha aquele corpanzil típico dessa idade, nada espadaúdo. Morava em uma cidade do interior de Pernambuco, Surubim, que oferecia, na época, poucas opções de esportes. Na escola, durante as aulas de Educação Física, praticava alguns esportes, mas não me destacava em nada. Sempre percebi que tinha muito fôlego durante as partidas de futebol, embora não apresentasse nenhuma intimidade com a bola. Quando mandavam a bola para o campo adversário ninguém me segurava. Corria velozmente e dava um chutão que, às vezes, acertava o caminho do gol. Certo dia, o amigo Ronaldo, que estudava na mesma turma da escola, fez um convite para realizarmos uma corrida de seis quilômetros, já que ele buscava melhorar o seu condicionamento físico para os campeonatos de futebol. Naquele dia, experimentei uma das melhores sensações de minha vida - correr.

No interior, há 26 anos, qualquer pessoa que se atrevesse a fazer algo diferente seria chamado de doido. Correr na cidade ou na zona rural, pelas pistas, por estradas de barro, pelas fazendas e sítios chamava a atenção das pessoas, o que me enquadrava naquela categoria de pessoa desprovida de juízo. Com o tempo, muitos colegas deixaram a vergonha de lado e passaram a correr comigo, mas logo desistiam.

Nos Estados Unidos, Jim Fixx, um ex-fumante com sobrepeso, começou a correr em 1967, aos 35 anos, e descobriu os benefícios dessa atividade física. Em 1977, ele relatou toda a sua experiência no livro Guia Completo de Corrida (FIGURA 1), inspirando milhões de pessoas a correr. Isso incluía um matuto de Surubim que já gostava de ler e de correr. Aquela leitura ajudou a manter a minha auto-estima em níveis elevados, sabendo que não era o único maluco no mundo que gostava de correr.

FIGURA 1 - Capa do livro Guia Completo de Corrida de Jim Fixx, publicado em 1977.

Naquele tempo, a Corrida de São Silvestre já era transmitida ao vivo pela televisão, e eu ficava admirando aqueles atletas e sonhando em participar de uma corrida de pedestrianismo. Descobri que no Recife existiam algumas corridas de rua e, de 1985 a 1989, participei de muitas provas, principalmente da extinta Corrida da Fogueira, organizada pelo Clube Náutico Capibaribe (FIGURA 2). Também tenho boas lembranças da Corrida Guararapes de Pedestrianismo, promovida até hoje pela Polícia Militar de Pernambuco (FIGURA 3). Naquela época, as corridas distribuíam diplomas de participação. As medalhas eram apenas para os vencedores.


FIGURA 2 - Diploma de participação na 51ª Corrida da Fogueira, organizada pelo Clube Náutico Capibaribe, em 1987.

FIGURA 3 - Registro fotográfico de minha participação na XI Prova Guararpes de Pedestrianismo, organizada pela Polícia Militar de Pernambuco, em 1988.  Ao lado, meu Tio Edvaldo dando apoio e conferindo o tempo de prova.
Depois, a corrida de rua passou a fazer parte do cotidiano em muitas cidades do interior, principalmente em data cívicas, o que transformou paulatinamente essa atividade em algo comum, reconhecida como esporte. Aqueles que corriam já eram chamados de atletas e não de doidos. Ainda assim, o meu pai, que foi fuzileiro naval e ex-combatente da segunda guerra, já aposentado, indagava-me constantemente porque eu corria tanto e comia toda a feira da casa em poucos dias. “O que você vai ganhar com isso?”, perguntava-me ele sempre que eu chegava da corrida e fazia um “lanchinho”. Nessa época, a rotina era correr dez quilômetros de madrugada e mais dez no final da tarde, tudo isso antes e depois do trabalho de manutenção de aparelhos de ar condicionado. Era completamente viciado em correr. Conseguia correr, trabalhar e estudar à noite, já pensando em fazer vestibular para Biologia.

Em 1989, passei no vestibular e fui estudar na UPE, no município de Nazaré da Mata (a 80km de Surubim), sonhando que a Biologia era o melhor curso do mundo. Foi bom acreditar nisso, pois ainda penso assim! Para estudar, tinha que viajar duas horas para chegar à universidade. Diariamente dormia sempre depois da meia-noite e isso afetou a minha rotina de treinos.

Do interior para a capital
Em 1991, transferi o meu curso para a UFRPE, em Recife, e fui morar na casa do meu Tio Luciano, que também era militar e ex-combatente. Às vezes, quando eu chegava da universidade por volta das 21 horas, antes de jantar, ainda tinha disposição para calçar o tênis e dar umas dez voltas na pracinha do Engenho do Meio. O meu tio ficava admirado, mas incentivava e aprovava a minha disposição. No final de semana, corria no campus da UFPE, que ficava pertinho lá de casa. Quem diria que alguns anos depois ali seria o meu lugar de trabalho?

Já formado Biólogo e trabalhando como professor em uma escola no bairro da UR7 (em Camaragibe) fui morar em Jardim Petrópolis, próximo à Mata de São João da Várzea e a dois quilômetros da Oficina Brennand. Aquela estrada de terra cortando a mata me convidava o tempo todo para correr. Lembro que assim que ganhei o meu primeiro salário fui comprar um tênis Nike para correr. Quase que diariamente passava por ali, sempre correndo e escutando as aves da Mata Atlântica. Seria um presságio? Isso era o ano de 1997.

Em 1999, casei com Ana Carolina e fui morar no bairro da Iputinga. Saia sempre para correr na Pracinha do Bom Pastor, próximo à Colônia Penal Feminina, disputando espaço com crianças e cachorros. Alguns anos depois, a Prefeitura da Cidade do Recife urbanizou o Canal do Cavouco e organizou uma pista de corrida com aproximadamente dois quilômetros. Mas, nessa época já não corria tanto assim, a instabilidade no emprego, o Mestrado e a chegada de Laura elegeram outras prioridades em minha vida. A corrida existia no meu cotidiano como algo completamente irregular.

Em 2006, ano em que eu viria a ser professor da UFPE, tinha muitas dificuldades para completar 30 minutos de corrida. Nos jornais, via as propagandas das corridas de rua e sempre sonhava em um dia voltar a fazer dez quilômetros. Existia um sentimento de frustração... Não queria fazer 10 quilômetros em 35 minutos, mas apenas concluir o percurso bem. Isso parecia impossível, pois já estava com quase 40 anos.

Quando foi anunciada a Meia Maratona do Circuito SESI Brasil em Recife, em outubro de 2009, pensei em participar, mas aquela cobrança natural de quem já competiu fazia-me envergonhar de uma possível desistência no meio do caminho. Foi aí que recebi a ligação do amigo Jamildo Melo, jornalista e blogueiro do Jornal do Commercio (Blog de Jamildo), convidando-me para participar da equipe de revezamento dos jornalistas para a Meia Maratona. Aceitei prontamente. Para encurtar a história, ficamos em primeiro lugar (FIGURA 4). Para mim foi espetacular, voltar a competir, ter a emoção de cruzar a linha de chegada e ficar em primeiro lugar. Depois dessa experiência, já esperava ansiosamente pelas próximas corridas de rua.

FIGURA 4 - Blog de Jamildo anunciando a vitória da equipe dos jornalistas na prova de revezamento da Meia Maratona Sesi, em outubro de 2009, em Recife/PE.
Ainda em 2009, depois de dez anos juntando dinheiro, finalmente compramos o nosso apartamento nos Aflitos, próximo da escola de Laura e também do Parque da Jaqueira. Nessa época, Carolina estava de licença para o doutorado e eu só trabalhava a partir das 14 horas. Assim, não havia desculpas: todo dia, depois de deixar Laura na escola, íamos para a o Parque da Jaqueira para caminhar e correr.

Via aqueles corredores dando muitas voltas sem cansar, em um ritmo de fazer inveja. Comecei como todo mundo, correndo devagarzinho e comemorando cada volta a mais ou então os muitos recordes batidos nos cinco quilômetros. Estando ali, inevitavelmente chegaria a ACORJA.

O porteiro do prédio onde resido, que também é corredor, uma vez me perguntou se eu conhecia Lula Holanda e por que eu não entrava para a ACORJA. “ACORJA? Que é isso?
Perguntei ao oráculo Google e, de cara, fui parar no blog do (Ultra)Maratonista Pernambucano Júlio Cordeiro. Lembro que li todos aqueles relatos e fiquei sonhando em poder participar daquele grupo, de realizar corridas em lugares lindos e ganhar medalhas. Vi em um dos posts do Júlio o e-mail de Lula Holanda, o presidente da ACORJA, e não hesitei em fazer contato. Fui prontamente informado e convidado para o próximo treino. Vejam abaixo:

Gilmar / Ricardo,
Segue abaixo a programação.
Nos veremos na quinta-feira as 05:20h, na Jaqueira.
LULA HOLANDA

Lula,
Obrigado pelo simpático contato e programação da Acorja. Espero ter fôlego para acompanhar o grupo. Confirmo a minha participação na próxima quinta-feira.
Grande abraço!
Gilmar

Valeu campeão!!!
Estamos te aguardando.
Abraço,
LULA HOLANDA

Quinta-feira, 10 de junho de 2010, entrei para a ACORJA e, junto com Ricardo Galinho, fomos acolhidos de forma magnífica por todos, que rapidamente nos ensinaram a ter disciplina e a treinar com regularidade para se atingir as metas estabelecidas.

Em pouco tempo, eu já estava fazendo longões de 25 quilômetros e correndo meias maratonas, como a do Recife, com o excepcional tempo de 1:40. Hoje, durante os treinos semanais da ACORJA, convivo com corredores felizes, de diversas profissões e de classes sociais diferentes, que fortaleceram o meu conceito de equipe e me fizeram acreditar que eu poderia participar de uma maratona, o sonho de todo corredor. Estou quase lá!

Registro de minha participação no longão de 30 km na Serra das Russas, Pombos/Gravatá, Pernambuco, em agosto de 2010. (FOTO: Paulo Sobral)

Amigos da ACORJA, se hoje eu corro mais e sou mais feliz devo isso a vocês. Obrigado!

28 comentários:

  1. Oi Gilmar. Que bela história a sua. Eu tb desde muito nova sempre gostei de correr, mas infelizmente qdo eu pedi para o meu pai me colocar numa escolinha de atletismo ainda qdo era criança ele me disse que eu deveria estudar e não correr. Fazer o que né?! Quem sabe hj eu poderia estar correndo bem melhor.

    Qdo estivemos ai em Recife fomos uma noite conhecer o Parque da Jaqueira e adoramos. Aqui em Ctba até temos vários parques, mas nenhum em tão bão estado de conservação e iluminado. Gostei principalmente porque ele é todo plano.

    Parabéns pela história.

    Bjos,
    Dani

    www.correndoemagrecendo.blogspot.com

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  2. Bacana, Gilmar. Vejo que seu histórico de corredor é bastante longo! Logo, logo, você chega na Maratona! Seu exemplo é uma inspiração para mim.
    Grande abraço,
    Sergio
    corredorfeliz.blogspot.com

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  3. Você é um maratonista de nascença!Como já disse também a Jack,está no seu sangue,por isso a identificação conosco foi imediata,além de grande corredor,excelente biólogo,pai e marido!Bom demais tê-lo em nossa companhia...é você e todos os nossos amigos que me ajudam a bater metas e superar limites na corrida,sua história de vida é um grande exemplo a ser seguido.Ju

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  4. Sensacional CAMPEÃO!!! Correr está no seu sangue, a prova maior é amor que você tem pela
    corrida desde jovem. Parabéns pelo relato e ficamos felizes pelo crescimento profissional e
    em especial na vida a dois, onde surgiu a bela
    LAURINA - Valeu Ana Carolinã!!! não é facil ser
    esposa de um viciado corredor, a Tânia Holanda
    minha esposa e uma santa também, que Deus dê muita paciência a ambas.
    Quanto a sua chegada na ACORJA, foi presente
    Deus, você chegou com seu jeitinho especial e já comprou a camisa da ACORJA e nos primeiros treinos conquistou toda equipe e nos fez uma
    grande supresa, o seu Blog nos encantou com
    seu brilhante trabalho fotográfico.
    O presidente LULA juntamente com seus assessores de imediato decretou: GIGI é nosso
    Assessor de comunicação e Reporte Fotográfico.
    Creia amigo, QUERER É PODER!!! Você está preparado para fazer sua primeira Maratona oficial e será um grande prazer correr ao seu
    lado na MARATONA MAURICIO DE NASSAU, ao lado da nossa equipe ACORJA. VALEU CAMPEÃOO!!!

    Abraço
    LULA HOLANDA
    81-8861.1604

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  5. Po Gilmar depois vc diz que eu que sou fera né, vc corre desde os 14 anos né...rsss...Parabéns fera...Relembrar os bons velhos tempo é bom d+++, Sobre este do James Fixx é showww eu aqui em casa tenho 2 desses um eu comprei em um sebo daqui do Rio e o outro um amigo me deu só que este segundo e todo em inglês.

    Bons treinos fera...

    Jorge Cerqueira
    www.jmaratona.com

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  6. Dani,
    O Parque da Jaqueira está em reforma. A pista está levando uma nova camada de piche e está um pouco mais alta. A expectativa é que agora não acumule água em determinados pontos da faixa de corrida. Uma notícia interessante é que em breve, próximo a Jaqueira, teremos um novo local para correr, será o Parque da Tamarineira.
    Valeu!

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  7. Sérgio,
    As histórias contadas nos blogs ajudam muito os outros corredores. Lembro das inúmeras vezes que li os relatos dos BALEIAS, do Jorge UltraMaratonista e do Júlio Cordeiro, tudo isso, de certa forma, ajudou a construir o meu perfil de corredor. Não se engane, a sua história de superar as canelites, de correr descalço e de filmar os treinos, seguramente deve ser também referência para muitos corredores .
    Abração!

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  8. Juliana,
    A corrida sempre martelou no meu juízo, mesmo com alguns longos períodos de intervalo durante esses 40 anos de minha existência nesse mundo. Ela ficou mais gostosa quando acabou a paranóia de querer ganhar ou chegar entre os primeiros. Mas, esse pensamento me ajudou a desenvolver um ritmo forte durante as provas. Quando descobri o prazer de correr mais tempo e mais quilômetros, isso mudou completamente o meu conceito de correr.
    Ter a sua companhia alegre e sempre bem humorada nas primeiras horas da manhã, dividindo as impressões das corridas e planejando as próximas, é sempre um bom motivo para sair da cama e encarar a estrada. Correr e encontrar as criaturas acorjianas três vezes por semana é um excelente remédio.
    Abração!

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  9. Lula,
    De fato, as nossas mulheres merecem também algumas medalhas por tanta paciência, tolerância e incentivo com as nossas corridas.
    Espero poder completar bem essa Maratona que está se desenhando aqui em Recife e entrar definitivamente no time da ACORJA que completa 42 km.
    Um fraterno abraço!

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  10. Jorge,
    Um comentário seu vale ouro! De 1984 para cá existiram muitos intervalos nas corridas. Finalizar o Curso Superior, procurar emprego, casar, ter filhos e tantas outras coisas. Mas sempre dava aquele estalo para correr, igual ao do Forrest Gump, e saia correndo pelo mundo.
    Agora que já tenho emprego certo, casa, carro, câmera fotográfica D90, esposa e filha, só me resta treinar, fotografar, blogar e sonhar com corridas mundo afora.
    É isso!

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  11. Valeu Gilmar, belo relato, realmente a corrida está no seu sangue.

    Forte abraço!

    Flávio Maia Correia

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  12. Flávio,
    Esse vício de correr está presente no sangue de todos os acorjianos. Ô povo prá correr!
    Gostaria que você caprichasse nas foto lá em NY, pois podemos publicar aqui no blog o seu relato dessa experiência de correr a maior maratona do mundo. Pense na proposta.
    Grande abraço!

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  13. oi, gilmar!!!

    linda o relato de sua história de corredor, e de suas aventuras pra continuar correndo em meio a tantos outros chamados da vida;)

    um grande abraço!
    e sucesso em sua maratona!
    vai engrandecer ainda mais o time dos acorjianos maratonistas;)

    http://elismc.blogspot.com

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  14. Belíssimo relato com emoção digna de um campeão!!Sempre achávamos vc com um crescimento de condicionamento nos treinos acima do normal e eu me perguntava:Esse cara deve ter feito alguma coisa no passado?Não é possível?Para nossa grata surpresa...!!Que passado bonito,mostrando garra,desprendimento,vencendo para-digmas,muitas vêzes remando contra à maré!!Parabéns mesmo e continue sendo esse cara que toda a acorja aprendeu a gostar!!Ah,antes que eu esqueça:Sua primeira maratona..Vai ser moleza!!Abs:Paulo Sobral!!

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  15. Magnífica história Gilmar.
    Parabéns.
    Desejo-te muito sucesso não só no mundo das corridas, mas também na vida pessoal e profissional.
    Abraço a você e a toda Equipe ACORJA.


    tutt@/ubiratã-pr
    www.correndocorridas.blogspot.com

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  16. Elis,
    Todos tem uma história de como começou a correr. Achei que publicar parte da minha vida de atleta amador poderia estimular outras pessoas a fazer o mesmo.
    O dia da Maratona está chegando. Espero sobreviver ao calor durante os 42 quilômetros.
    Abração!

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  17. Paulo,
    Que os anjos te escutem, que a maratona seja de fato uma moleza para todo nós. Sei que terei a companhia de muitos acorjianos, e isso será motivo para correr bem.
    As nossas histórias como atleta amador servem de exemplo para outras pessoas, por isso decidi contá-la. Lembro do blog do Júlio, quando ele começou a relatar o seu problema cárdio-vascular e o início de suas corridas.
    Confesso, já era viciado em corridas desde cedo e nem sabia onde iria parar. Que bom que o meu destino cruzou com o da ACORJA.
    Um fraterno abraço!

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  18. Tutta,
    Obrigado por passar por aqui e deixar o seu comentário. Conte também a sua história no seu blog.
    Grande abraço!

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  19. Olá Gilmar. Vi a foto do livro do J. Fixx como chamada desse seu texto no blog Baleias e junto com o título achei que você contava a história dele, então deixei para passar depois. Grande erro meu. A história é sua e cheia de vida e emoção. Muito bacana e interessante quando contamos o que foi decorrência normal de um pedaço de nossa vida e percebemos que isso é uma história bonita. "A poesia perene do cotidiano" poderia ser o título da sua história de corredor. Com minha demora em vir quem perdeu fui eu, que poderia ter aproveitado sua história há mais tempo.
    Mais legal também, como disse Paulo Sobral, é que a história parecer preencher uma lacuna na sua chegada ao mundo das corridas e dos blogs. Chegou forte para não ter nada antes... Grande abraço. Miguel Delgado.

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  20. Miguel,
    Que felicidade saber que você passou por aqui e deixou seu precioso comentário. As nossas histórias são recheadas de emoção, bom que temos muitas pessoas para dividir as aventuras corridas pelo mundo.
    Saber que cheguei aqui correndo com todos vocês e me emocionando a cada prova, a cada comentário no blog e a cada sorriso de Laura quando chego com mais uma medalha, tudo isso é maravilhoso.
    Estou sabendo que o Tinil vem para a Maratona Maurício de Nassau. Pode deixar, vou fazer muitas fotos da história BALEIAS nessa prova e te mando, ok?
    Grande abraço!
    Gilmar

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  21. Grande Gilmar!
    Fantástica a tua história!
    Espero por notícias dessa Maratona que irás fazer.
    Em Maio de 2011 eu e o meu grupo de corrida (Wikaboo) estaremos na Maratona de Praga. Espero encontrar ACORJAS por lá! :)
    Abraço e continuação de boas corridas.
    Milton
    http://runningroutes.blogspot.com/

    Milton

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  22. Milton,
    Você deu uma sumida, já estava com saudades. Vi que tem um novo post em seu Blog, vou passar por lá.
    Nos mate de inveja com essa maravilha de maratona em Praga. Minha sogra esteve por lá em setembro/outubro e adorou o lugar.
    Grande abraço!
    Gilmar

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  23. Oi gilmar!!!
    Belíssima sua história, parabéns pelo retorno.

    Desejo muitos e muitos kms pela frente.

    é engraçado como a gente vai relacionamos as coisas que lemos nos blogs com nosso dia a dia. Vejo ladeira e lembro da Elis, vejo uma pista de atletismo e lembro da Pri (ela ta em uma quase todos os dias), agora vejo pássaros em minhas corridas e lembro o quanto vc gosta de observa-los. Hj mesmo fui quase atacada por um quero-quero rsrsrsrs deu mais medo que o cachorro latindo pra mim. Vou fotografar alguns e postar no meu blog.

    Bons treinos

    Lu
    www.lucorredora.blogspot.com

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  24. Lu,
    Observar aves é tão bom quanto correr. às vezes, quero fazer as duas coisas, mas a fadiga não permite.
    Estive em Tacaratu (PE) para subir uma Serra em busca de novos registros de espécies para PE e pensei que nos intervalos mais quentes poderia dar uma corridinha. Enganei-me, queria era uma árvore para descansar e fugir do sol.
    Os quero-queros de fato são bem agitados e gostam de atacar para desviar a atenção do seu ninho que, provavelmente, estava por perto.
    Valeu por deixar o seu comentário.
    Gilmar

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  25. Graaaande Gilmar! Cara, que história interessante! Para meros iniciantes como eu, relatos como esse valem mais que qualquer coisa. É muito bom poder ver exemplos como este! E repito o que havia lhe falado, espero que em breve consiga acompanhar esse teu ritmo cara! Hehe! Abração mestre!

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  26. Belíssimo post Gilmar!
    História muito bonita de quem tem a corrida no sangue mesmo.
    Foi massa escutar ontem uma parte da história e depois não podia deixar de conferir aqui.
    Meu irmão, você guarda as melhores qualidades do que a corrida representa individualmente e coletivamente.
    Abraços!
    Marcos Gelinho.

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  27. Gilmar!
    Belíssimo e emocionante relato. Não sei exatamento por quais caminhos mas me veio à cabeça este poema de Drummond:

    Infância
    Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
    Minha mãe ficava sentada cosendo.
    Meu irmão pequeno dormia.
    Eu sozinho menino entre mangueiras
    lia a história de Robinson Crusoé,
    comprida história que não acaba mais.

    No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
    a ninar nos longes da senzala - e nunca se esqueceu
    chamava para o café.
    Café preto que nem a preta velha
    café gostoso
    café bom.

    Minha mãe ficava sentada cosendo
    olhando para mim:
    - Psiu... Não acorde o menino.
    Para o berço onde pousou um mosquito.
    E dava um suspiro... que fundo!

    Lá longe meu pai campeava
    no mato sem fim da fazenda.

    E eu não sabia que minha história
    era mais bonita que a de Robinson Crusoé.

    Abraços!!!

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  28. Correr,
    compartilhar, Gilmar...
    sentir,
    doer,
    alcançar, Gilmar...
    subir,
    descer,
    suar,Gilmar...
    conseguir,
    escrever,
    respirar, Gilmar
    querer,
    fotografar,
    seguir,
    Gilmar...simplesmente Gigi.

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